Não se deram conta que tinham chegado à Gare Central de Genéve, que o tempo passara célere, desde Handaye a Paris e depois à cidade suiça, decorreram vinte e duas horas de serena cavaqueira e algum repouso oscilante, que gastaram a quase totalidade dos escudos trazidos de Lisboa e se falhasse o encontro, à saída da gare, seria um problema acrescido. Ao seu lado estava outro português que entrara em Paris e o acompanhava para proteção e vigilia dobrada, era alto carnes sêcas, musculado mas bastante mais jovem.
Contaram os escudos foram à agência do UBS e trocaram o que restara por francos suiços. Não chegavam a quinhentos, mas eram suficientes para o transporte e para a refeição a dois.
O tempo estava frio e a brisa que chegava do Lac Génève enregelava a cara dos portugueses
Caminhavam em silêncio e o mais jovem, o que entrara em Paris, perguntou a João R.
Com estes poucos francos resta-nos um taxi e, a morada! que achas?
João respondeu-lhe secamente . Vamos camarada não há tempo a perder..!
O taxi parou e o mais velho deu o endereço ao taxista, um turco de nome, que acabava em ..soglou.
Este gajo nao fala senão turco, vê lá estes suiços a autorizarem isto. Se fosse o botas logo diziam que era uma revolução..
Riram os dois, e o tempo da bandeirada foi curto. Chegaram ao destino, um prédio de dois andares de bom aspecto, pagaram a corrida do taxi e saíram não sem levarem as mochilas que traziam a tiracolo e voltadas para a frente...ao turco que nada sabia de português mandaram-no lixar-se!
(SEGUE::)
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