a jornada de João R. começara naquela noite, justamente após o jantar rápido Sem mais delongas dirigiu-se ao quarto minúsculo resolvido a ganhar tempo, empacotou os embrulhos cuidadosamente, depois com calma oriental, arrumou os restantes pertences despediu-se da velhota e dos companheiros e a cuidadosa atenção que revelara antes tinha desaparecido. João R. era um operacional, por esse facto a desconfiança dos momentos adversos era mitigada nas operações arriscadas, a adrenalina dava-lhe confiança e sentia-se como peixe dentro de águas serenas. Dirigiu-se conforme acordado com os companheiros, ao destino A isto é Valência no Mediterrâneo espanhol. Teria que atravessar os Pirenéus e depois inflectir para Sul até Lérida muito próximo da raia francesa, só então deixaria a viatura alugada e apanhava um comboio directo a Valência. Contava com isto despistar um possível seguidor das policias portuguesa ou espanhola. A chegada a Valência na madrugada desse domingo de ramos dera-lhe uma confiança extra..
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terça-feira, abril 12, 2011
sexta-feira, fevereiro 04, 2011
A GRANDE JORNADA!
..as conversas acabaram ali, João R. chamou os companheiros e depois de terem pago as respectivas despesas resolveram saír em passo apressado. A noite aparecera subitamente. A cidadde anclausurada entre montanhas esbranquiçadas pelas nevascas constante, fazia tremer só de a olhar. Não se via vivalma aquela hora vespertina. Os poucois carros que passavam de luzes acesas eram taxis, ou viaturas de emigrados.
O grupo dirigiu-se novamente para casa. Subiram apressados as escadas e entraram de rompante. A velhota recebeu-os com ar afável e logo lhes perguntou "tão enregelados que talvez um cházinho quente lhes aqueça os estômagos.." um unânime sim ouviu-se na sala.
O silênciado momento quebrou-se quando João R. pefdiu silêncio....
Temos de voltar a Portugal o mais rápido que seja possível. Esperam-nos dias importantes e não podemos vacilar.
Todos aquiesceram e cada um dirigir-se-ia a uma fronteira diferente tomando caminhos mais movimentados para que não se desse pela sua passagem.
Nessa noite ficou acordado que todos levariam o que fosse mais fácil de transportar como bagagem de mão.
De combóio, camioneta, e taxi, cada um se dirigiu a Portugal por caminhos diferentes.
terça-feira, janeiro 04, 2011
AROMA SILVESTRE
..João R. levantou-se e dirigiu-se à porta do Bar. Cá fora o vento fresco vindo da montanha circundante trazia com ele cheiros de flores silvestres, de arbustos e plantas aromáticas. João tomou uum pouco de ar depois virou-se bruscamente e, entrando de rompante dirigiu-se aos recém-chegados num português límpido. "Que queres homem!? porque te diriges a nós como teus interlocutores?! Conheces-nos?..pois nós nunca te vimos nem sabemos ao que vens...talvez negociatas menos claras ou outros quaisquer jeitos..." O andaluz calou-se e atingido pela perplexidade recuou e olhou para os companheiros. Depois calamente pediu desculpa a João R e devolvendo-lhe a resposta disse que talvez houvesse engano que talvez se tivessem enganado..
Afinal o que poderia transformar-se num burburinho, ficara pelo diálogo bem mais correcto.
Naquela época era costume verem-se diálogos como estes muito acalorados, nas grandes autoestradas entre, fronteiras internacionais, e que eram muitas vezes ocasionados pela falta estruturas sindicais fortes, que evitariam essas pelejas e diatribes entre as comunidades estrangeiras na Europa Central.
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